A Semana Santa, que começou no Domingo de Ramos, traz simbologias para os cristãos. Entre elas, a Sexta-feira da Paixão é considerada um dia de penitência, quando ocorreu a crucificação e morte de Jesus Cristo. Uma das definições de paixão é sofrimento intenso, martírio, segundo o dicionário Michaelis.
Para que os fiéis cumpram uma penitência comum, a Igreja Católica definiu como regra não consumir carne vermelha ou branca nessa data. Alguns também evitam carne em todas as sextas da Quaresma, que começa na Quarta-feira de Cinzas. Por isso, muitos optam por peixes.
A Igreja também recomenda jejum na Sexta-feira Santa. Os fiéis devem escolher uma refeição completa no dia e depois consumir apenas pequenos lanches. Em Mateus 9:15, Cristo teria recomendado o jejum: “Pode o noivo chorar enquanto o noivo está com eles? Dias virão em que o noivo lhes será tirado, e então jejuarão”.
Segundo a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), o costume de comer peixe está ligado à prática de jejum e abstinência. É uma alternativa permitida por ser um alimento mais simples e humilde que a carne vermelha, além de mais abundante em algumas regiões.
Na tradição cristã, o peixe tem significado simbólico, associado a milagres de Jesus, como a multiplicação dos pães e peixes. Tornou-se símbolo do Cristianismo porque “peixe”, em grego, é acrônimo da expressão “Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador”.
A Igreja Católica não exige abstinência de carne no Sábado de Aleluia, mas alguns fiéis também se abstêm nesse dia.
Na quinta-feira, celebra-se o dia em que Jesus lavou os pés dos discípulos, durante a Páscoa Judaica, que relembra a libertação dos hebreus do Egito. No Sábado de Aleluia, ocorre a Vigília Pascal, preparando a ressurreição de Cristo. No Domingo de Páscoa, celebra-se sua ressurreição. Os ovos de Páscoa simbolizam o renascimento.
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