Com a queda de um avião de pequeno porte em Prado, no Sul da Bahia, o Brasil chegou à marca de um acidente a cada dois dias de 2025. Ao todo, até ontem, conforme o painel do Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Sipaer), foram registrados 23 acidentes e incidentes graves ao longo de janeiro e os primeiros dias deste mês. Sete deles foram fatais e, até o momento, 11 pessoas morreram em decorrência de quedas de aeronaves. Na última ocorrência, no fim da tarde de segunda-feira (10/2), um empresário mineiro morreu e o piloto ficou ferido quando um ultraleve caiu e explodiu próximo à Praia da Barra do Cahy, em Cumuruxatiba, na Bahia. Por trás da escalada, apontam especialistas, está um aumento da frota de aeronaves de pequeno porte e do número de horas de voo desde o início da pandemia de COVID-19, que assinalam ainda que, dependendo do tipo de operação, as exigências de segurança são menos rígidas.
O empresário Fredy Tanos é uma das vítimas da queda do avião na segunda-feira. Natural de Sete Lagoas, na Região Central de Minas Gerais, o farmacêutico bioquímico era diretor da rede de diagnóstico Laboranálise, que possui três unidades na cidade.
Pelas redes sociais, a empresa lamentou a morte de seu fundador.
“É com profundo pesar que comunicamos o falecimento do nosso diretor, Fredy Tanos. Neste momento de dor, expressamos nossas mais sinceras condolências à família, amigos e colaboradores”. O empresário ficou preso às ferragens e teve o corpo carbonizado.
O número de sinistros aéreos nos últimos dois meses fechados - dezembro de 2024 a janeiro de 2025 - chegou a 41, sendo 11 fatais, que provocaram a morte de 24 pessoas. O incremento é de 46,4%, na comparação com igual período anterior, já que no último mês de 2023 e no primeiro de 2024 houve 28 acidentes aéreos, sendo nove fatais, com 23 mortes.
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